quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Salvador e RMS tiveram 2.037 mortos por homicídio no ano passado


É como se um avião lotado caísse por mês. Secretário da Segurança destaca redução com relação a outros anos

Ao todo, em 2011 ocorreram 2.037 homicídios em Salvador e Região Metropolitana – 1.945 registrados nos boletins diários do site, entre 17 de janeiro e 31 de dezembro, mais 92 mortes dos primeiros 16 dias do ano, apontadas em balanço mensal também disponível na página da SSP.

Os números mostram uma redução dos assassinatos em Salvador com relação a 2010, mas um aumento da violência nos municípios da RMS. Enquanto na capital a taxa de homicídios por 100 mil habitantes caiu de 61,26 em 2010 para 53,51 em 2011 (queda de 12,65%), nas cidades vizinhas esse índice subiu de 66,52 para 70,55 (aumento de 6,05%).

Promessa
“O balanço oficial do ano será fechado até o final deste mês e, com eles em mãos, vamos estabelecer metas de redução de homicídios para 2012. Metas exequíveis, pois não existe mágica no combate à violência”, prometeu o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa.

Entre as vítimas de homicídios, a maioria é formada por jovens de 19 a 29 anos, do sexo masculino. A média de idade dos mortos é de 27,8 anos, sendo que 109 vítimas tinham menos de 18 anos. A região mais violenta é a do Subúrbio Ferroviário (Aisp 16), onde está Fazenda Coutos, bairro que receberá a próxima Base Comunitária de Segurança. O mês em que mais se matou foi maio (189 mortes), seguido de outubro (187).

Nos números não estão contabilizados os autos de resistência - pessoas mortas pela polícia em alegados confrontos. Até julho, quando o CORREIO publicou a série 1000 Vidas, após o milésimo homicídio em Salvador, a SSP informou que 77 pessoas morreram em autos de resistência desde janeiro, na capital e RMS.

À época, Barbosa afirmou que a secretaria passaria a divulgar esses, o que ainda não aconteceu. Cobrado, o secretário reiterou o compromisso. “Não há problema em divulgar esses números. Pretendo fazer isso ainda este ano”.

Fonte. Correio da Bahia

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