Apesar de o Brasil ser a sexta economia do mundo, os gastos do governo
com saúde se equiparam ao de países africanos e o investimento ainda é
menor do que a média mundial. Levantamento feito pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) afirma que não faltam médicos no País, mas a
proporção de leitos é baixa se comparada à de outros países. Além disso,
o Brasil é uma das 30 nações onde a população paga do seu próprio bolso
mais de 50% dos gastos com saúde.
Segundo o levantamento, as
autoridades brasileiras incrementaram o orçamento destinado aos serviço
de saúde nas últimas décadas. O aumento, porém, não foi suficiente para
que o País atingisse a média mundial. A diferença entre o montante de
recursos investidos em saúde pelo Brasil e pelos países ricos ainda é
grande.
De acordo com a OMS, o governo brasileiro destinava em
2000 4,1% de seu orçamento para a saúde. Dez anos depois, a taxa subiu
para 5,9%. No entanto, a média mundial é de 14,3% - a taxa brasileira
chega a ser inferior à média africana. Do total que se gasta no País com
saúde, 56% sai do bolso dos cidadãos, e não das esferas governamentais.
Apenas 30 dos 193 países analisados pela OMS enfrentam essa situação.
Em
2000, no entanto, o índice era ainda maior: 59% dos custos da saúde
saíam do bolso do cidadão. Ainda assim, a taxa de 56% está distante da
média mundial, de 40%. Nos países ricos, apenas um terço dos custos da
saúde são arcados pelos cidadãos. A pesquisa da OMS será divulgada hoje.
Fonte. A tarde
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