Hoje é o Dia Nacional de Combate à Asma,
doença que atinge mais de 150 milhões de pessoas no mundo. A data
coincide com a chegada do inverno, período que agrava ainda mais os
sintomas de quem sofre com a patologia, pois o frio e a permanência
prolongada em ambientes fechados e com pouca ventilação são fatores que
contribuem para o aumento de casos de problemas respiratórios.
De acordo com informações divulgadas recentemente pelo Banco de Dados do
Sistema Único de Saúde (Datasus), a asma é a é terceira maior causa de
hospitalização no SUS, contabilizando mais de 376 mil internações todos
os anos, sendo a maior parte nos meses de junho, julho e agosto, quando
as temperaturas caem.
Os números preocupam, mas um novo estudo, realizado na Grã-bretanha,
revelou que 75% das internações de emergência relacionadas à asma
poderiam ser evitadas se houvesse um melhor gerenciamento da doença. O
dado mais assustador é que 30% dos asmáticos correm risco de sofrer um
ataque fatal, mas menos da metade dos portadores desta síndrome
reconhece o perigo.
A pesquisa reuniu 25 mil pessoas com o objetivo de avaliar a gravidade
da patologia em diferentes pacientes para tentar determinar os riscos de
morte. Conforme análise, 55% dos entrevistados não sabem ou não
acreditam que a doença pode levar à morte. Só no Brasil, são registrados
aproximadamente 2,5 mil óbitos por ano, rendendo ao país o 8º lugar no
ranking dos que mais registram mortes por asma.
“Nossa realidade não é muito diferente da do país pesquisado. Aqui, são
poucos os que também conhecem e consideram os riscos da doença. É bom
lembrar que a asma não tem cura, porém, com um bom acompanhamento
médico, o paciente pode ter uma vida normal, fazendo uso de
anti-inflamatórios e broncodilatadores”, explicou o pneumologista Carlos
Carvalho, ressaltando que a patologia é caracterizada pela inflamação
nas vias aéreas, acometendo os brônquios e bronquíolos dificultando a
respiração.
Segundo o médico, os principais sintomas são: falta de ar, chiado e
aperto no peito, além de cansaço e tosse seca. A doença está sempre
associada a uma alergia e é transmitida geneticamente.
“No inverno aumentam os casos de problemas respiratórios, em especial a
asma. O tempo seco, partículas de fumaça, gases irritantes, substâncias
químicas e alérgenos potenciais existentes na atmosfera agravam as
crises asmáticas”, destacou.
Fonte. Tribuna da Bahia
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