Além de pagar a gasolina mais cara do país (R$ 2,98, em média), os proprietários de veículos da Bahia agora enfrentam outro problema na hora do abastecimento: a falta do combustível nas bombas de alguns postos da cidade.
A escassez registrada desde a última sexta-feira (29) é um forte indicativo que o Estado passou a integrar a lista dos que já enfrentam racionamento no setor.
As distribuidoras, sobretudo as de bandeira BR, da Petrobras, não possuem gasolina em quantidade para atender toda a demanda.
O motivo seria a baixa produção de etanol anidro no começo da safra da cana, que compõe a mistura da gasolina vendida nos postos brasileiros. A solução foi limitar o fornecimento aos revendedores.
No posto BR de Porto Seco de Pirajá, por exemplo, o abastecimento diário, que era de 15 mil litros, reduziu drasticamente para 5 mil litros. O chefe de pista Luiz Nascimento diz que a quantidade é suficiente para atender a demanda, mas teme uma redução ainda maior e a consequente falta de gasolina.
“Por enquanto não afeta nosso funcionamento, mas, se por ventura, deixarmos de abastecer um só dia, vai faltar gasolina na bomba”, explica.
Situação pior passa o posto Fonte Nova, da mesma bandeira. No local, apesar de o preço ser um atrativo (R$ 2,79 o litro da gasolina comum ou supra), a falta do combustível tem deixado o estabelecimento vazio.
“Estamos sem estoque reserva, o chamado estoque de segurança. O tanque com capacidade de 15 mil litros deve ter apenas 200 litros, o que não é suficiente para a bomba puxar. Já fizemos a solicitação à BR Distribuidora, mas ainda não fomos atendidos. Enquanto isso, estamos trabalhando apenas com o etanol e o diesel e dispensando clientes que procuram gasolina”, contou André Dantas, auxiliar de escritório do posto.
Fonte. Tribuna da Bahia
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