Medida aumenta as preocupações sobre o uso amplo da pena capital no país
Trezentos traficantes de drogas estão no corredor da morte no Irã para serem executados por enforcamento, informou o Judiciário do país nessa segunda-feira. O anúncio reflete a linha-dura do país contra os narcóticos e aumenta as preocupações sobre o uso amplo da pena capital.
"Para 300 condenados em crimes relacionados às drogas, incluindo aqueles pegos com a posse de pelo menos 30 gramas de heroína, foram emitidos vereditos de execução", disse o procurador-geral do Irã, Abbas Jafari Dolatabadi, segundo o jornal Sharq.
Segundo a Anistia Internacional, o Irã fica atrás apenas da China no número de execuções, com pelo menos 252 pessoas executados ano passado. Além do tráfico de drogas, também são punidos com a pena de morte assassinato, adultério, estupro, roubo a mão armada e apostasia (negação da religião) de acordo com a Sharia, lei muçulmana, praticada no Irã desde a revolução islâmica de 1979.
Justiça - O Irã minimiza as críticas contra seu sistema judiciário, afirmando estar apenas implementando a lei islâmica, e acusa o Ocidente de usar dois pesos e duas medidas. O tráfico e o vício em drogas são um grande problema no Irã, país que tem uma longa e porosa fronteira com o Afeganistão, a maior fonte mundial de heroína.
Na quinta-feira, o governo iraniano enforcou seis condenados por tráfico de drogas - quando 11 condenados foram executados no total, cinco deles em público.
Fonte. Veja Abril
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