“Hoje a lei Maria da Penha é mais conhecida pelos brasileiros e isso se deve ao trabalho da Secretaria de Políticas para as Mulheres”, foi o que disse a técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea Maria Aparecida Abreu ao lançar o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre igualdade de Gênero.
O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Fabio Schiavinatto, coordenador do SIPS também participou da apresentação.
A pesquisa mostra que 80% dos entrevistados têm a percepção de que a violência doméstica é um problema da sociedade em geral, enquanto 14% acreditam ser um problema isolado. As políticas para as mulheres têm promovido uma maior conscientização sobre os crimes de gênero. “Mais de 90% das pessoas entrevistadas acham que agressões físicas contra a mulher devem ser investigadas pelo Estado mesmo que a mulher não queira”, destacou Maria.
Para ela, essa visão demonstra que a sociedade brasileira passou a ver a violência contra a mulher como um problema não só relacionado ao lar, mas a toda a sociedade. A pesquisadora, porém, ressalta que ainda há muitos tabus a serem quebrados. “O número de mulheres que procuram as delegacias especializadas ainda é muito menor do que o número de casos de violência”, disse.
O estudo abordou, além das políticas públicas de combate à violência à mulher, as políticas de cuidado das crianças e apoio escolar. Serviços como as creches, responsabilidade do Estado, que não são utilizadas pela maioria da mães do Brasil.
“Embora mais de 80% das mães que utilizam creches públicas aprovem os estabelecimentos, a maior parte ainda prefere deixar os filhos sob cuidados da família”, revelou Maria. Embora o número de creches públicas ainda seja insuficiente em todo o País, muitas mães deixam os filhos com a família por questões culturais, segundo a pesquisadora.
Fonte. Ipea
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