A decisão vem da tentativa que empreende junto com o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), de desmembrar do Ministério do Desenvolvimento Social o programa social que garantiu ao presidente Lula seu inabalável e surpreendente pico de popularidade.
Com colegas petistas do Nordeste, Wagner tem defendido a idéia de que a região deveria comandar, nos próximos quatro anos, a principal vitrine eleitoral do atual governo. A aliança com Déda, com quem passou a se encontrar regularmente desde a semana passada, foi uma das formas que encontrou para enfrentar também o poderio do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Igualmente determinado a ocupar espaços importantes no futuro governo Dilma sob o mesmo argumento de que representa o Nordeste, Campos tem como uma de suas marcas a agressividade com que compromete o governo federal com investimentos em infra-estrutura em seu Estado, uma característica que opositores dizem não ver no governador baiano.
O ministério dos sonhos do governador, do PT e de parte considerável do governo dele seria o da Integração Nacional, ocupado desde o início do segundo governo Lula pelo deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB), maior adversário de Wagner no Estado e cuja participação na administração Dilma Rousseff ele vem tentando vetar por motivos óbvios.
Para os governistas de maneira geral, a conquista de pelo menos um ministério pelo governador é considerada uma questão de honra, sob pena de passar a idéia de desprestígio junto ao poder central.
O desafio de Wagner, entretanto, é vencer a lógica da ocupação de poder em Brasília que privilegia a importância dos partidos que comandam o Congresso em detrimento de Estados
Fonte. Interior da Bahia
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