Embora presentes nos mesmos espaços sociais onde convivemos, a invisibilidade social dos albinos ainda é uma questão preocupante. Portadores de uma doença congênita caracterizada pela falta de melanina (responsável pela pigmentação da pele) e que atinge também os olhos e os cabelos, os albinos lutam para garantir espaço e inclusão numa sociedade ainda preconceituosa.
E foi pensando nisso, que a Prefeitura Municipal de Miguel Calmon, preocupada com o bem-estar de toda nossa gente, resolveu, através da Secretaria Municipal de Saúde, apoiar e assegurar uma ampla proteção aos albinos do nosso município, que totaliza um grupo de 13 (treze) pessoas, com a distribuição mensal gratuita de protetor solar, já que os portadores de albinismo são extremamente vulneráveis aos raios solares. Além disso, é constante o apoio com transporte e estada em Salvador para realização de consultas oftalmológicas e dermatológicas.
A medida é salutar, mas muito ainda pode ser feito. Por isso, a Prefeitura de Miguel Calmon não fecha os olhos para essa situação e no último dia 11 beneficiou os albinos calmonenses com a doação de óculos. Um gesto simples, mas muito significativo para aqueles que lutam pelos direitos de inclusão e aceitação social.
Para Ariela Sousa de Oliveira, monitora do PETI de Miguel Calmon e presidente do núcleo regional da Apalba em Miguel Calmon, a organização desse grupo em nosso município foi de extrema importância, uma vez que, unidos e bem informados sobre o albinismo, podem com autonomia lutar contra os próprios preconceitos e vencer os obstáculos que a sociedade lhes impõe.
“Os apoios da Apalba (associação de pessoas albinas da Bahia) e do governo municipal, bem como a sensibilidade que a SEMASA expressa diante da nossa situação, contribuem para que estejamos mais fortalecidos diante de uma sociedade, onde muitas vezes somos invisíveis”, diz Ariela, um exemplo de luta dos albinos pela vida sem preconceitos.
Fonte. Tribuna da Bahia
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