O senador octagenário, cuja carreira ameaçou terminar de maneira nada brilhante por causa do escândalo dos atos secretos, em 2009, agarrou firme a bandeira do plebiscito da proibição do comércio de armas e saiu na frente, antes que algum aventureiro tivesse a mesma ideia. Resultado: desde a última sexta-feira (8) está na televisão, nos jornais e na internet – quase onipresente.
Um detalhe pode ter passado despercebido: a proposta de plebiscito foi apresentada por Sarney na forma de decreto legislativo, isto é, se aprovada pelo Senado e pela Câmara, não vai à presidente Dilma para sanção, e tem efeito imediato. E, claro, paternidade certa: José Sarney.
A prova de que o senador acertou em cheio foi a reação atordoada e quase enciumada de outros atores políticos. O presidente da Câmara, Marco Maia, saiu a campo para lembrar o custo da consulta popular.
- Eu acho muito ruim tomar decisões no calor dos acontecimentos. Só traria gastos para fazer a mesma pergunta.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não arriscou assumir posição antes de falar com a chefe.Da bancada da bala, Sarney, é claro, recebeu e receberá chumbo grosso. Mas desta vez escolheu estar do lado certo: o da não proliferação de armas. Pode ser o primeiro degrau para a reconstrução da própria imagem.
Fonte. R7.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário