quinta-feira, 16 de junho de 2011

PT e PMDB se esmurram por 300 cargos no 2º escalão do governo federal

A pressa dos aliados do governo Dilma Rousseff pelas nomeações para os cargos de segundo e terceiro escalões é motivada pelas eleições municipais de 2012.

O número de vagas em disputa pode parecer pouco expressivo – aproximadamente 300 –, mas catalisa a força política dos partidos nos estados. Somadas ao empenho das emendas parlamentares, representam o prestígio dos deputados junto a prefeitos e vereadores e a oportunidade de ter o que mostrar aos eleitores no ano que vem.

Mais uma vez, PT e PMDB são os principais oponentes, de olho em mais da metade desses postos. O partido da presidente Dilma Rousseff apresentou uma lista com 104 demandas, enquanto a legenda do vice Michel Temer cobra 50 nomeações.

Os aliados reclamam que o PT é hegemônico na base da pirâmide. Aproximadamente 70% dos cargos cobiçados estão nas mãos de petistas. A indicação de um nome de outra legenda para qualquer órgão federal não significa que o partido terá liberdade administrativa para compor as respectivas diretorias.

Normalmente, os aliados emplacam um nome de sua preferência, mas a base do órgão federal continua dominada pelo PT, o que implica inevitável paralisia e disputa política. Os principais objetos de desejo são ministérios com orçamento para grandes obras e projetos, como Transportes, Energia, Cidades, Integração Nacional e Agricultura.

Também querem emplacar nomes nos bancos públicos e de investimento, como o BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e da Amazônia. Com isso, acreditam que conseguirão aliar a execução dos projetos a uma liberação mais ágil de recursos.

Dilma iniciou o mandato buscando impor uma imagem de austeridade e um perfil mais gerencial. Mas já foi avisada de que todos os presidentes que "deram as costas ao Congresso" tiveram extrema dificuldade para governar.

Em disputa

70% dos cargos do segundo e terceiro escalão estão nas mãos do PT.
Vagas: 300
Salários: de R$ 8 mil a R$ 12,7 mil, em valores brutos
Áreas de interesse: especialmente ministérios ligados ao setor de infraestrutura (Transportes, Energia, Integração Nacional, além da Agricultura e Incra) e diretorias de bancos públicos.
Agências reguladoras: aliados já sabem que Dilma não abre mão de nomes técnicos.
Maiores interessados: PT e PMDB. Os petistas apresentaram uma lista com 104 nomes. Já o PMDB, outros 50. Informações do jornal O Estado Minas.

Fonte. Interior da Bahia

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