O aumento da temperatura do conflito entre os candidatos ao governo baiano Geddel Vieira Lima (PMDB) e Jaques Wagner (PT) pode resultar no embarque do peemedebista e ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula no palanque do DEM no estado, que faz oposição ao governo federal.
Os dois ex-aliados têm andado às turras desde o ano passado, com troca de acusações e fortes ataques de Geddel ao governo do petista. Nas últimas duas semanas, o deputado federal aumentou o tom das ameaças e dá indícios claros de que pode apoiar Paulo Souto (DEM) em um eventual segundo turno entre o candidato do DEM e Wagner.
O reforço à oposição tem raiz na participação do presidente Lula e de Dilma Rousseff (PT) em um comício do candidato petista há duas semanas. Embora o PMDB e o DEM no estado não admitam publicamente as conversas, a movimentação de Geddel nos últimos dias acendeu a luz de alerta entre os petistas.
O partido deve montar uma ofensiva para tentar ganhar a eleição no primeiro turno. Atualmente, Wagner lidera a corrida com 49%, seguido por Souto, com 18%, e Geddel, com 12%, segundo levantamento do Ibope feito entre 24 e 26 de agosto.
O receio é de que um apoio mesmo que informal do peemedebista possa turbinar a campanha do candidato do DEM. Aliados de Wagner acreditam que Geddel elevou o volume das críticas no horário eleitoral nos últimos dias para conseguir aumentar o bônus político de um apoio no segundo turno a Souto e ao petista. "Como está atrás nas pesquisas, o Geddel está vendendo dificuldade para colher facilidade.
Apostou em ser o fiel da balança no processo eleitoral e está acenando para todo mundo já de olho no futuro. Ele quer se cacifar", critica a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA). (Correio Braziliense) Fonte: Alo Bahia
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