quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Menina de 14 anos reencontra a família no interior do Ceará após ser vítima de maus tratos e exploração sexual em MT

A adolescente de 14 anos que foi vítima de maus tratos, cárcere privado, exploração do trabalho infantil e violência sexual no estado de Mato Grosso voltou para casa, em Reriutaba, Ceará, e reencontrou a família depois de três anos
Na noite da última sexta-feira (21), a adolescente estava de volta.

A jovem havia saído de casa aos 11 anos para ajudar um casal, que no início morava perto da família, em Reriutaba, a 309 quilômetros de Fortaleza, mas depois mudou para Várzea Grande, no Mato Grosso.

Um abraço longo e apertado da mãe veio acompanhado dos dizeres: “Tanta saudade eu senti de você, minha filha”. As duas se emocionaram. “Ela (uma mulher de 64 anos que era vizinha da família), era doente, precisava de ajuda. Eu não queria deixar minha filha ir, mas ela prometeu que nada ia faltar a ela (adolescente)”, lembra a mãe, a dona de casa de 48 anos.

Até que, morando no interior de Mato Grosso, a nova vizinhança começou a desconfiar. Segundo o Conselho Tutelar de Reriutaba, a menina não saía de casa, nem para ir à escola. Depois de denúncias, foi constatado que a mulher, o marido de 59 anos, e o filho de 30, mantinham a menina em cárcere privado.

A criança foi encontrada presa a um armário. Além dos maus tratos e da exploração do trabalho infantil, ela era vítima de violência sexual. Ainda com 11 anos, vivia como se fosse esposa do filho do casal. A Polícia de Mato Grosso suspeita ainda que o pai dele também violentou a menina. Os três foram presos.

Desde que a menina foi embora, a mãe havia recebido ligações três ou quatro vezes da família, informando que ela estava bem. Até que, meses depois, a mãe recebeu também uma ligação do Conselho Tutelar de Mato Grosso.

“Me disseram que estavam ‘judiando’ dela. Eu nunca judiei dos meus filhos. Começou a sair na televisão que eu tinha vendido ela. Ave Maria, eu não vendi minha filha, nem troquei. Eu confiei que eles iam cuidar dela”, chora a mãe, desmentindo informações iniciais de que a menina havia sido vendida pela própria família por R$ 700 e um lote de terra.

Fonte. Interior da Bahia

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